Entenda as diferenças na hora de optar pelo seu revestimento.
É muito comum profissionais da indústria entenderem a necessidade da aplicação de um revestimento em uma peça e pensarem "quero um revestimento com característica de nova, brilhante”. Entretanto a escolha do revestimento deve ser pautada de uma analise mais profunda de propriedades do que puramente visual, seja ele o cromo ou qualquer outro revestimento. Nesta hora, é preciso avaliar as características considerando também o processo utilizado e o ambiente de utilização do equipamento/peça revestido.
O cromo é um revestimento aplicado pelo processo de eletrodeposição, ou seja, através da passagem de uma corrente em um banho específico. Existem dois tipos de cromo, o cromo duro (que pode ser catalisado ou não) e o cromo decorativo. Ambos são aplicados por eletrodeposição e formam uma película sobre a superfície. E ainda que sejam visualmente muito similares, eles apresentam características bem diferentes, como é ilustrado na tabela abaixo:
CROMO DURO
Finalidade técnica;
Aplicação de espessuras de camada maiores (entre 0,025 a 0,50 mm);
Aplicação do cromo diretamente sobre o substrato;
Necessidade de preparação da superfície, bem como correção de defeitos se necessário;
Necessidade (geralmente) de acabamento final por retífica ou polimento/lixamento;
Maior desempenho e durabilidade da peça;
Elevada resistência a corrosão;
Baixo coeficiente de atrito;
Elevada dureza (entre 1000 a 1150 HV);
Resistência ao atrito e desgaste;
Alta resistência ao calor (até 300 ºC).
CROMO DECORATIVO
Finalidade estética;
Aplicação de espessuras de camada pequenas (em torno de 0,005 mm);
Utilização de camadas intermediárias tais como cobre alcalino, cobre ácido e níquel brilhante;
Sem necessidade de preparação da superfície (apenas tratamento químico de limpeza);
Não precisa de acabamento posterior ao processo de cromagem;
Prevenção de manchas;
Manutenção do brilho quando aplicado sobre o níquel que tem a finalidade de resistência a corrosão;
Baixa dureza (em torno de 700 HV).
Aplicações: Peças de máquinas e equipamentos, ferramentas de perfuração e extração de petróleo, rolos de máquinas de papel, plástico, siderurgia e gráficas, entre outros.
Aplicações: Peças automotivas, acessórios de roupas e sapatos, pés de mesas e cadeiras, corrimões, entre outros.
Analisando mais profundamente as informações da tabela, é possível perceber que enquanto o cromo decorativo tem sua principal aplicação para fins estéticos, o maior ganho da utilização do cromo duro com a finalidade técnica é a proteção e resistência. O cromo duro é muito utilizado em peças novas, garantindo maior desempenho e vida útil do material, assim como possibilita a recuperação de peças. Ele pode ser utilizado para substituir um revestimento existente e, até mesmo, recompor um dimensional já desgastado do equipamento, podendo chegar a camadas de até 0,50 mm. Um exemplo bem prático dessa aplicação são os pistões de cilindros hidráulicos, que podem ser recuperados durante uma manutenção do equipamento, entre inúmeras outras aplicações.
Agora que você já conhece as diferenças entre o cromo duro e o cromo decorativo, você já pode escolher o que melhor se aplica ao seu material. E claro! Caso você ainda tenha dúvidas, não hesite em entrar em contato conosco.
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