Sulcromo 50 anos: de empresa familiar a líder de mercado
Como a Sulcromo evoluiu de uma empresa familiar para líder de mercado em revestimentos metálicos?
Conheça toda a trajetória da empresa e como ela vem se transformando ao longo dos anos. Confira!
Sulcromo: origem da empresa familiar
A história da Sulcromo começa em Caxias do Sul, berço de um importante polo industrial, e também berço da Família Mazzocchi. Foi neste contexto que, pautados de um forte senso empreendedor, nasceria a inspiração para a fundação de empresas como a Duroline, a Metalpoxi, e claro, a própria Sulcromo.
O início da história da Sulcromo começa 1972, quando os irmãos Carlos e Abramo Mazzocchi adquirem 60% de uma pequena empresa de revestimentos, e 2 anos depois, por sua completa aquisição com a entrada dos novos acionistas, o patriarca Adelar, do filho Jorge Mazzocchi além do cunhado Sergio Stumpf.
O objetivo era dar sequência em uma empresa que prestasse serviços de cromagem industrial e decorativa, para atendimento da indústria local. Naquela época, o revestimento estava sendo descoberto como um forte aliado de inúmeras empresas na proteção e manutenção de seus ativos.
Cromagem: o epicentro do revestimento protetivo da indústria
Ainda que o foco inicial fosse no atendimento local, em 1984 o mercado começou a acenar uma forte demanda para os serviços de cromagem. Foi assim que naquele ano, iniciou-se um movimento de expansão dos negócios da Sulcromo, que visava levar os serviços do polo industrial de Caxias do Sul para a região metropolitana.
Com a demanda crescente e o uso de logística própria, as estradas que conectavam a Serra e região metropolitana passaram a ser rota diária de peças de inúmeras cidades que eram transportadas para Caxias do Sul, com destino ao processo de cromagem da Sulcromo. A sede inicial começava a ficar pequena para os negócios, então também nesta época, a empresa decide investir em uma sede própria no Desvio Rizzo, onde a Sulcromo ampliou seu parque fabril.
A sede própria, entretanto, era apenas o começo. Com o sucesso na expansão dos negócios, em 1984 a Sulcromo decide abrir a primeira filial na cidade de São Leopoldo, investindo ainda mais em sua capacidade de atendimento. No ano seguinte, Jorge Mazzocchi é transferido para gerenciar a nova unidade na sede capilé.
Juntamente com a nova filial, a empresa Bombas Geremia – adquirida posteriormente pela gigante Weatherford – passa a crescer e criar uma parceria que seria fundamental para o desenvolvimento e crescimento da Sulcromo.
A cromagem de rotores helicoidais e PCP tomaria conta de grande parte da produção da fábrica. Ao passo que a Weatherford passou a ter um setor exclusivo para a cromagem de rotores, e a Sulcromo tornou-se especialista no processo.
Seguindo o exemplo da Weatherford, começam a ser desenvolvidas diversas parcerias com empresas importantes da região metropolitana e do Vale dos Sinos, com destaque para a Himaco, a Cope, a Balsemão, a Demuth, a FKL, a Incocil, a Imap, e tantas outras outras que estão ao nosso lado até os dias atuais.
Em 1999, a Sulcromo começa a investir em uma nova tecnologia, e passa também a oferecer processos de metalização.
Inicialmente, a novidade seria focada para atender internamente os segmentos de siderurgia, papel e celulose e petróleo e gás. Foi quando a empresa decidiu levar essa nova linha de soluções para dentro do ambiente do cliente, através de uma unidade móvel com potencial de atendimento in loco em todo o território nacional. Esta nova linha produtiva da empresa foi tão bem recebida que, em 22 anos de seu lançamento, já realizou mais de 700 trabalhos em todo o Brasil.
A Sulcromo também decide modificar sua tecnologia de cromo duro convencional para cromo duro catalisado, alterando principalmente a característica de dureza, de 850 Vickers para 1150 Vickers, agregando ainda mais valor às peças de seus clientes. O ano de muitos desafios é recompensado com uma nova parceria de peso com a multinacional Hyva, o maior cliente da unidade de Caxias do Sul até hoje.
Mas nem só de glórias a nossa história foi construída. Nos anos de 2009 a 2014, a empresa entrou em uma forte recessão, causada por investimentos mal planejados.
O resultado tem um efeito dolorido, e a empresa fica totalmente comprometida, em vias de perder praticamente todo o seu patrimônio.
Nessa época, também houve uma renegociação societária, momento esse em que Jorge Mazzocchi passa a ter 100% das cotas e da responsabilidade da Sulcromo.
A gestão da empresa ganha forças através de Alexandre Ely, que integrara a equipe em 1995 como almoxarife, fazendo sua carreira dentro da Sulcromo para em 2018 então integrar a diretoria da empresa ao lado do Jorge, e hoje vir a ser o novo sócio da Sulcromo.
Os três anos que seguiram frente à crise financeira da empresa e reorganização societária seriam de um forte planejamento e reestruturação. De 2015 a 2017, a Sulcromo uniu forças com parceiros externos, e com o trabalho dedicado de seus colaboradores, focou em juntos, recuperar a empresa. E com forte apoio da equipe, a Sulcromo seguiu inovando e modificando o mercado de revestimentos industriais.
A indústria evolui, e a Sulcromo também
A história da Sulcromo também acontece de mãos dadas com o desenvolvimento da indústria brasileira.
No segmento de papel e celulose, passou a substituir a borracha dos rolos guias pelo cromo catalisado, o que alterou positivamente a manutenção destes rolos, que antes acontecia de 3 em 3 meses, para uma performance de vida útil de então 5 anos.
Neste segmento, a Sulcromo passou a atender as maiores empresas do Brasil, como as gigantes Voith, Hergen, Ippel, Metalservice, Tecnopel, Suzano, Klabin, Oji Papéis, CMPC, Melhoramentos, Softys, CVG, MD Papéis, entre tantas outras.
A empresa também atingiu seu recorde de cromagem para este segmento, quando revestiu nada mais, nada menos que um cilindro secador de papel com diâmetro de 1800 mm por 8500 mm de comprimento. Uma peça de projeto alemão, montada em uma papeleira nos EUA e revestida com o nosso cromo nacional em cada decímetro quadrado.
No segmento plástico, a empresa tornou-se especialista na cromagem e lapidação fina de cilindros Chill Roll – um atendimento digno da arte perfeccionista que transforma aço em espelhos por onde a produção plástica se forma.
Na indústria automobilística nos tornamos parte fundamental de itens de segurança para a marca Scania, onde o cromo passou a proteger eixos contra a oxidação causada e nas estradas cobertas de neve derretida por sal.
No segmento agrícola, a Sulcromo fez história fornecendo cromo e metalização direta e indiretamente para as grandes montadoras como John Deere, AGCO, Stara, Vence Tudo, GTS e tantas outras.
No segmento siderúrgico, passou a ser parte fundamental de todas as siderúrgicas nacionais como a Gerdau, a ArcelorMitall, a Usiminas e a CSN, garantindo com sua qualidade e compromisso contratos com mais de 15 anos em vigor.
No segmento de petróleo e gás, a Sulcromo virou fornecedora de todos os sistemistas da Petrobras, como a Halliburton, a Schlumberger, a Weatherford, a Cameron, a Aker Solution, a Smith, entre outras sediadas em Macaé na Bacia de Campos.
A Sulcromo também contribui na história da indústria hidráulica ao lado da Himaco, Imap, Masal, Incocil, PHD, Luna, Hidrover, Hyva, Saur e Soprano. Com o seu projeto de cromagem contínua de barras de 6000 mm, avançou no segmento ao produzir cerca de 100 toneladas por mês de material cromado para revendas e empresas agrícolas e hidráulicas.
Na indústria alimentícia, movimentada por seus gigantes cilindros secadores, a Sulcromo cromou o maior cilindro secador já produzido no Brasil, com 2500 mm de diâmetro e 5500 mm de comprimento, feito sobre medida para uma nova linha da BRF de Concórdia, SC.
A Sulcromo, que passou a atender empresas e processos tão específicos, precisou fortalecer seu padrão de qualidade, e assegurou sua certificação ISO 9001, garantia que tem renovado ininterruptamente há duas décadas.
Foi premiada diversas vezes como fornecedor Premium de algumas das maiores empresas das Brasil, tais como: Petrobras, Arcelor Mittal, Gerdau, CSN, Usiminas, Hidrelétrica de Itaipu, Teksid/Fiat, Voith, Klabin, Suzano, Oji, Ipell, Hergem, Metalservice, Estaleiro Brasa, Tramontina, Tupy, Schulz, Rexnord, Maxiforja, Porto Belo, Empresas do Chile, Curtumes do Brasil, Parcerias com a Argentina, Aso e Stelmi da Itália, e outros tantos.
Capital humano: origem do nosso brilho e força
No capital humano, a empresa investiu na graduação de diversos colaboradores, nos cursos de Administração de Empresas, Engenharias, Contabilidade, Química e outros. Suas parcerias com Senai, Fundação Liberato, Instituto Tecnológico da Unisinos, Ulbra e UFRGS trouxeram as salas de aula dessas instituições para dentro do parque fabril, conectando a teoria com a prática e fundamentando a formação de diversos técnicos em química, mecânica e manutenção.
A empresa apoiou diversos projetos de estudo na área de revestimento, fortalecendo a pesquisa e o desenvolvimento de ligas especiais focadas em segmentos específicos. E foram suas contribuições no âmbito da pesquisa deram origem ao CITS – Centro de Inovação e Tecnologia da Sulcromo –, financiado pelo Finep, e que consolidou a aposta na Sulcromo como uma referência no mercado de revestimentos metálicos.
E como toda boa história, a Sulcromo teve o seu momento de virada e ascensão através dos heróis e heroínas dedicados com quem conta diariamente para entregar excelência aos quatro cantos do Brasil e do mundo. É por causa desta excelência que hoje a empresa é capaz de embarcar em voos cada vez mais distantes. A globalização da nossa cadeia de fornecimentos passou a colocar o nosso cromo e nossa metalização, do interior do Rio Grande do Sul para produções em todo mundo.
E nós não vamos parar. Foi com fé e muito trabalho que chegamos até aqui. E ao completar 50 anos, é importante agradecer a cada colaborador pelo esforço individual de cada um. A cada cliente pela aposta em nosso trabalho, porque afinal, não existe sucesso antes do trabalho. Nós sabemos que não existe vitória sem esforço, nem reconhecimento sem legitimidade.
Aos nossos parceiros, clientes e amigos: é com vocês que queremos seguir em frente fortalecendo a indústria. Nestes 50 anos, assim como nos próximos.
