A corrosão intergranular é caracterizada pela presença de carbonetos precipitados nos contornos de grão do material base, que promovem o enfraquecimento das regiões adjacentes aos contornos, propiciando a ocorrência de corrosão intergranular, fenômeno conhecido como sensitização.
É bastante comum em materiais compostos por aço inoxidável. A sensitização ocorre durante o resfriamento do aço inox austenítico e gera pontos de corrosão onde o material migra, gerando pits. Quando isto ocorre, chega-se a estágios avançados de corrosão, onde o material pode se desintegrar, pois os grãos se desprendem e perdem a sua resistência mecânica, provocando desperdício, perda de material e prejuízo à operação.
Nesse artigo apresentamos o que é corrosão intergranular, como ocorre e o que fazer para evitar esse problema. Continue lendo e saiba mais sobre o assunto.
A corrosão intergranular é uma forma de desgaste que ocorre através do aparecimento de trincas ao longo dos contornos de grãos da estrutura do material. Sem afetar o interior dos grãos cristalinos, ela ocorre nas fronteiras dos mesmos (contornos e adjacências) de um metal ou de uma liga.
Ela acontece quando existe um caminho preferencial para a corrosão na região dos contornos do grão – observando-se que os grãos vão sendo destacados à medida que a corrosão se propaga. Neste caso o contorno de grão funciona como região anódica, devido ao grande número de discordâncias presentes nesta região.
Dois casos provocados por este problema que ficaram conhecidos em todo o mundo.
O primeiro deles ocorreu em 1967 na ponte Silver Bridge (Ohio, EUA), quando a corrosão interna desgastou um dos elos da ponte, ocasionando um problema conhecido por rachadura sob tensão. A ponte acabou ruindo provocando 46 fatalidades.
Outro acidente que ganhou as manchetes mundiais foi o desprendimento da fuselagem do Boeing 737-297 da Aloha Airlines no ano de 1988. As investigações concluíram que o problema foi ocasionado em função da fadiga, corrosão e rachaduras prematuras no lobo superior da fuselagem.
O estado de sensitização pode ser avaliado por espectrometria de raio-X, por técnicas eletroquímicas ou por observações mecanográficas. O monitoramento do grau de sensitização é uma necessidade não só para prever o comportamento à corrosão do aço, mas também possibilita uma previsão da vida útil do material.
A forma mais comum de evitar este tipo de problema, é a solubilização dos carbonetos durante um tratamento térmico. Tratamentos térmicos promovem a dissolução de carbonetos de cromo, ou a estabilização para promover a precipitação de outras formas de carbonetos (principalmente o Titânio, Nióbio e o Vanádio), reduzindo assim o carbono disponível para a precipitação de carboneto de cromo. Finalmente, o alívio de tensões pode ser aplicado em juntas soldadas, tendo-se o cuidado de não submeter ligas sensíveis a temperaturas de faixa crítica de sensitização.
É importante destacar que sem o tratamento térmico, qualquer revestimento não solucionaria o problema da corrosão intergranular, uma vez que a fonte do desgaste está na sua estrutura. E mesmo com o revestimento, a corrosão ainda poderia acontecer.
Após a solubilização dos carbonetos, aí sim é possível a aplicação de revestimento que protegerá a superfície da base metálica contra outros tipos de corrosão.
Tanto o tratamento térmico, como o uso de revestimentos protetivos e pinturas especiais, entre outras soluções em manutenção industrial, estão à disposição não apenas para restaurarem equipamentos comprometidos, mas também para aumentarem a vida útil de máquinas e equipamentos.
Para obter sucesso nessa operação, é importante contar com uma empresa que conheça detalhadamente as soluções disponíveis, oferecendo experiência e o tratamento adequado para os desafios específicos encontrados por cada indústria.
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